domingo, 26 de agosto de 2012

BARRA VELHA 26/08/12

Aí Galera, hoje combinamos de pedalar até Barra Velha para "soltar a perninha".
Convidamos o novo colega de trabalho Deivi que também faz umas pedaladas pela região.
Porém como o Fernandinho ( Pedal na Trilha ) falou, o cara pedala muito!
No horário marcado lá estavam me esperando o Cassiba e o Deive no alto do Viaduto da rua Porto Rico.


Saímos e já percebemos que seria um ritmo acima do que estamos acostumados, o Deivi puxou o pelotão do início até o trevo de acesso a Barra Velha onde era nosso objetivo, que fizemos em tempo recorde 1'h14"m.
Na volta esse Monstro, ( verdadeiro Animal ) continuou no mesmo ritmo e quando tentavamos deixar ele descançar um pouco e puxar o pelotão a 35Km/h, ele vinha e continuava a puxar em 39 - 41Km/h. Sem contar que o cara estava com pneus 26x2.00.
Era difícel até ficar no vácuo dele, pois ele subia os morros como fossem retas.




Eu e o Cassiba só falava assim: "É disso que nós estamos falando, isso é um pedal de verdade".
A volta foi ainda mais rápido, 1'h12"m muito doido, cheguei em casa super feliz pelo excelente esforço realizado com 84Km rodados. Daí fui até o bairro Anita Garibaldi acompanhar os dois e voltei para casa descançar.


Valeu Cassiba e Deivi, espero ter a honra de pedalar com vocês por muitas vezes.
Até a próxima e AQUELE ABRAÇO!

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Pico Paraná – O Ponto mais alto do Sul do País 11/08/12


Em nossas andanças pelas montanhas da região de Joinville, já estivemos em vários
locais com um pouco mais de 1.000m no máximo. Nem imaginávamos o que realmente seria
aqueles 1.877m de altura do Pico do Paraná. Só quando se está lá em cima que se tem noção
do que é realmente, é muito alto e impressiona ficar acima das nuvens.

Mas vamos ao que interessa ou como tudo aconteceu, às quatro horas da madruga o
Manecão estava em frente ao prédio onde moro para começarmos a 1° parte de nossa
epopeia rumo ao topo da montanha, que era chegar até a fazenda Pico Paraná. Em punhos
estava o relato retirado da internet que nos fornecia algumas informações importantes para
chegar lá e fora isso, o Maneca já havia feito uma incursão ao topo do PP em 2009 e já
conhecia bem aquela montanha.

Podemos dizer que recebemos um presente de Deus em fazer os dois picos do Paraná
em menos de um mês. Saímos de frente do meu apartamento e seguimos para a BR 101
destino Serra de Curitiba com um ímpeto de chegar logo e começarmos o que realmente era
nosso objetivo. Rodamos até o primeiro pedágio, que foram muitos (03 na ida e 03 na volta) e
que custam em média R$1,55 cada. Mas tirando algumas obras a rodovia estava apresentável,
podemos até dizer que vale o preço que se paga (ou não, aqui no blog aceitamos a opinião de
todos). Continuamos a viagem agora sim subindo a Serra, parece mentira, mas foi à primeira
vez em que subi a Serra no volante. É parceiro foram só emoções ... Isso que é natividade
aventuras Joinville.

Mas foi bem tranquilo, mais do que imaginava e quase sem percebermos já estávamos
passando pelo segundo pedágio e praticamente dando um adeus para a serra. Agora era ficar
com os olhos bem abertos para não perdermos o nosso trevo para Paranaguá, que seria nossa
entrada e o Maneca ficou encarregado dessa importante ação. Tudo seguia na maior
tranquilidade até percebermos que o trevo estava a 500m, automaticamente informei meu
navegador que deveria ficar o mais atento o possível para não sairmos da rota e... passamos
direto do trevo. Que coisa! Isso não poderia ter acontecido, mas nada que uma rezinha no
carro não resolvesse o problema, tudo pela adrenalina, se tudo ocorresse dentro do planejado
não seria tão emocionante é claro!

E então novamente lá estávamos novamente em nossa rota e a cada minuto a
ansiedade aumentava e começamos a tremer. Principalmente o Manecão e quando olhei no
termômetro do carro que marcava 5°c, 4°c, 3°c, percebemos que era frio mesmo e a
tremedeira era por isso e não por nervosismo. Vamos ligar o ar quente... comentei com o
Maneca e ele concordou rapidamente já que, estava com uma roupa não muito quente.


Outro pedágio e lá vamos nós cada vez mais próximos do nosso objetivo, de mapas em punhos
identificamos nossos pontos de referência; Posto do Tio Doca e nossas estimadas pontes:
Ponte Manoel José e a Ponte Tucum (mas que ponte mais ordinária), ela estava em
manutenção e cheia de cones gigantes e ainda para ajudar fomo seguidos por uma carreta(ou
pescoço mole, como dizia nosso estimado Seu Luiz) bem apressadinha dando sinal de luz.
Nossa entrada era bem na cabeceira da ponte e quando vimos lá se foi à entrada. Putz!


E agora, passamos a entrada e o nervosismo tomou conta, existem momentos na vida em que o
negócio e relaxar e fingir que nada aconteceu e continuar até o próximo retorno, mesmo que
às vezes não seja muito próximo (quase uns 2 km). Mas encontramos e agora era calcular onde
seria o retorno depois da nossa tão amada ponte. Tudo certo, encontramos fácil e seguimos
para não errar dessa vez, olhos bem abertos e atenção total. Avistamos os cones novamente e
dessa vez vinha apenas um automóvel atrás de nós, liguei o alerta e diminui a velocidade para
procurar a entrada nos cones, que encontramos sem muito sacrifício e nossa entrada já estava
ali em frente.

Meu Deus que alegria a nossa. Estávamos bem perto de começar nossa missão
completamente dita. Algumas crateras na estradinha de terra até a porteira da fazenda,
somadas a algumas sensações de que estávamos perdidos e após subirmos um morro bem
irado, chegamos à porteira da Fazenda Pico do Paraná. Percebemos que algo estranho
acontecia ali. Havia dois senhores cadeados na porteira, não entendemos, o porque daquilo,
o que estava acontecendo. Será que estava proibida a entrada? Seria abreviada nossa trip?
Alguém abriria a porteira para nós? Ou tudo acabaria ali? Por alguns instantes a apreensão
tomou conta de nós: Seria o fim de tudo? Era a hora de tomar uma atitude já que o tempo
estava passando e estávamos saindo do cronograma. Decidimos então deixar o carro ao lado
da entrada e descer até a sede para conversar com alguém.




Nesse instante chegaram dois camaradas de Curitiba que nos perguntaram se
era aquele mesmo o lugar e informamos que sim, explicamos a situação e pulamos a porteira,
seguimos em direção à sede para verificar se poderíamos subir. Encontramos um lugar
maravilhoso com um belo lago, um lugar para camping bem estruturado e logo veio em nosso
encontro um rapaz simpático de nome Dilson. Que ficou muito assustado quando relatamos
tudo que havíamos vista lá em cima. Mas nos informou que já iria resolver tudo, nos liberou
para iniciarmos a subida e nos cobrou R$10,00 pela entrada e estadia em
sua propriedade. ( O mesmo preço de muitos anos atrás, super barato e com total segurança)







Acabamos de organizar nossos equipamentos e botamos o pé na estrada, ou na trilha
como preferir, pois era a partir daquele ponto que nossa aventura começaria e seria um longo
percurso. Iniciamos a subida com muita vontade, pensando em aproveitar o início da trilha
que se mostrava suave, um chamariz para se ganhar um tempinho.






A trilha se manteve assim por mais uns trinta minutos quando começara a aparecer as primeiras raízes (chamamos assim
aquelas árvores que possuem raízes aéreas), que com o passar do tempo foram aumentando
suas quantidades mais e mais até o ponto em que não aguentávamos mais aquela paisagem
que se assemelhava em muito com algumas florestas dos filmes de “conto de fadas”
ou “Senhor dos Anéis”.








Quando chegamos ao final daquela parte já começamos a observar a
imponência de nosso objetivo e isso aliado a uma paisagem mais limpa e de fácil locomoção
nos deu um ânimo a mais para continuar a busca. Traçamos como meta estar na base da
montanha em meia hora e isso aconteceu em vinte minutos para nossa alegria.



A vista da base para o alto do pico era assustadora e realmente parecia um
monstro a assombrar. Precisávamos buscar forças para então fazermos o ataque, respiramos e
iniciamos pensando que se tudo acontecesse conforme o planejado estaríamos no topo até as
dez da manhã. E seguimos nossa subida entre pedras, raízes e nossos amigos inseparáveis: os
grampos. Uma trilha impar eu diria, muito estreita e fechada. Cheia de pequenos troncos de
árvores ou daquela vegetação, eram verdadeiras armadilhas.









Mas nosso objetivo estava bem próximo e eu diria a cada subida bem mais perto, foi quando então o Maneca me informou que aquele pico a nossa frente ainda era o cume falso. Puxa que coisa ainda tinha um falsário para nos enganar e eu que já estava pensando que estávamos bem próximos, mas não nos
abalamos com esse acontecimento e continuamos a nossa subida.


Logo acabaria por vir um outro grande desafio, a travessia de um pico para outro deixando para trás assim uma grande fenda nas pedras. Agora faltava pouco para chegar no topo e as horas também chegavam
próxima ao limite que havíamos estipulado. Em todos os obstáculos que superávamos as dez
badalas estavam cada vez mais próximas.





 Eu não conseguia pensar em outra coisa, apenas chegar logo no topo, e para a nossa felicidade conseguimos chegar no horário estipulado. Que momento supremo! Que sensação maravilhosa estar no topo no ponto mais alto do sul do país, que sentimento de dever cumprido! A vista lá de cima é esplendorosa e podemos observar as demais montanhas da região. Tiramos muitas fotos para aproveitar aquele que seria mais um perfect Day em nossas vidas e agora era hora de comer e começar a descida...










A descida foi como eu imaginava, ou seja, nada fácil e toda a dificuldade para subir
se transforma em atenção na hora de descer. Mas a vontade de chegar logo lá na base nos
empurrava para chegar lá em baixo, e como diz o Maneca: _ Pra baixo todo santo ajuda... E
lá íamos nós passar por tudo aquilo novamente, as pedras, grampos e raízes com a mesma
vontade.








 E realmente não foi muito fácil não e em alguns momentos cheguei a pensar em
pedir para descansar uns instantes, mas como eu percebi que meu parceiro estava a mil (com
sangue nos olhos) desistia no mesmo instante. A única coisa que passava em minha cabeça
era chegar logo na bica e tomar aquela água geladinha para relaxar, mas no meio do caminho
encontramos nossos colegas de Curitiba que estavam vindo do Itapiroca. Estavam perdidos em
direção ao Pico Paraná, se não nos encontrassem estariam perdidos, porém, nós estávamos ali
para fazer a boa ação do dia e tudo ficou tranquilo. Acompanhamos os dois até bem perto da
bica, porque depois dela a energia que restava nos empurrou o mais rápido possível para baixo
e a vontade de chegar em casa era cada vez mais latente em nossas veias.






Não acreditamos quando chegamos ao acampamento base era dez para uma da
tarde, tínhamos levado cinco horas para subir e descer. Consideramos um excelente tempo
e a alegria tomou conta de nós. Logo pegaríamos a estrada de volta para nossos lares. Não
encontramos o Sr.Dilson lá, ele estava em casa descansando o almoço e seu filho nos atendeu
prontamente. Tomamos uma coca cola pela bagatela de 2 pilas, olha só isso, existem lugares
ainda no mundo onde ainda não reina a exploração e a cobiça!




Subimos até a casa do Dilson, acertamos as contas e batemos um grande papo descontraído de quase meia hora, comemos algo, arrumamos as coisas e o negócio foi pegar a estrada de volta.


A volta foi bem sossegada, estava um dia maravilhoso para viajar e depois da sensação
do dever cumprido ficara ainda melhor. O Manecão estava triste se despedido das montanhas
do Paraná e eu curtia um som aminado pensado que o mundo é um lugar maravilhoso, pena
que o ser humano o estraga. Nossas conclusões finais dessa aventura são:

Com muita dedicação as coisas ficam fáceis, nunca imaginavam que seria tão perfeita
essa nossa Trip Loka, inventamos milhares de empecilhos para essa viagem e deu tudo certo.
Outra coisa que ainda não tínhamos visto eram trilhas tão limpas e bem cuidadas como as
trilhas do Paraná (Marumbi e Pico Paraná)! Não sabemos se isso é graças e apenas ao trabalho
elaborado pelo Dilson (Pico Paraná), mas entendemos que ele tem uma grande parcela nisso.

Por fim gostaríamos de agradecer a todos que nos ajudaram na realização de projeto e nossas
famílias em particular que entendem esse nosso jeito louco de ser. E um agradecimento
especial ao Dilson, por cuidar bem daquele local maravilhoso e não cobrar preços exorbitantes
por produtos e serviços.

Pessoal fiquem em paz e quem sabe ainda vamos para um lugar mais alto, e não se
esqueçam, nunca desistam de seus sonhos.
Fui!! É o Cassiba quem vôs fala!!