O Jefo é um sujeito legal, mas ele tenta de todo jeito acabar com nossa amizade kkkk sim pq ele faz uns roteiros de bike tão bizarros que na hora da empolgação a gente aceita, mas aproximadamente na metade do caminho só pensa em largar a bike em qualquer canto, pegar um táxi e ir pra casa hahaha
Mas é aquela velha história, "gosto não se discute" e o pior que a gente gosta de passar o dia inteiro em cima da bike no frio, no Sol, na chuva, na lama, ou de qualquer outro jeito que nos dê a maravilhosa sensação de superação ao chegar em casa!!
O Sr. Cassiba iria para o Paraná fazer um montanhismo no domingo, mas houve um "aborta" de alguém da equipe, então aceitou o convite para nos acompanhar no passeio que o Jefo programou que foi o seguinte:
Jaraguá do Sul via bairro Garibalde, subir a temida serra do Jaraguazinho, circundar a Represa Alto Palmeira, descer e passar por Corupá via Tiffa ( subida ) Ribeirão Aparecida, Nereu Ramos, Schroeder e finalmente a serrinha Canivete e casa...
Então combinei com Cassiba às 5h na Expoville, claro que se atrasou 10 minutos mas sem problemas e em seguida encontrarmos o Seco na casa dele no final do bairro Vila Nova.
No frio aos10º da noite tocamos o bonde puxado pelo Cassiba pela Rodovia do Arroz e quando chegamos em Guaramirim começou amanhecer.
O Sol mostrava o dia lindo que nascia, mas ainda fazia muito frio hehe
Depois de 70 km pedalados, paramos no posto de gasolina quase ao pé da Serra.
Hidratamos e fizemos um lanche reforçado e logo continuamos.
Chegamos no ponto onde precisavamos começar fazer força de verdade.
A serra do Jaraguazinho tem aproximadamente 5km, mas sua elevação é superior a serra Dona Francisca por exemplo.
É uma subida ingríme sem trégua, com curvas perigosas em estrada de chão batido.
Porém tem muitos encantos de uma natureza abundante.
Foi sofrido mas conseguimos vencer os 742 metros de altitude da serra e como eu sempre digo, uma foto nessa placa é o sonho de consumo de todo ciclista hehe
Já estive ali com o Jefo em outra ocasião a anos atrás, isso é bem legal a gente ir relembrando dos fatos ajuda a passar as dificuldades kkk
seguimos em frente, só que lá prá cima é cheio de subidinhas e descidas também.
Continuamos o caminho e chegamos até está maravilhosa queda dagua na beira da estrada e vimos que estavamos saindo da rota.
Precisamos voltar um pouco e descemos uma birambeirada que parecia a estrada kkk
Na metade da descida tinha uma porteira fechada... abrimos, passamos e fechamos.
Descendo mais um pouco chegamos em outro portão de ferro...
Ali chamamos o proprietario e pedimos passagem.
O Sr. Luis ou como é chamado Índio, primeiro não deixou mas conversa vai, conversa vem abriu o portão e deixou a gente seguir viagem hehe
Dali pra frente a estrada vira picada e a terra úmida segura a bike, com muito mais grandes descidas e muitas subidas... eu só imaginava, tomara que não precise voltar tudo isso kkk
Foram aparecendo mais algumas porteiras de propriedades particular. Mas a rota salva no GPS e no Strava mostravam que estavamos no caminho certo, afinal os proprietários que instalaram as porteiras que não permitiam a passagem do que já foi uma estrada.
Tudo é estranho, porque até para os moradores da região nos falavam que existia a estrada, inclusive a muitos anos atrás era realizado uma competição de bike em volta da represa...
Aos trancos e barrancos, vai por um lado, volta pelo outro, estavamos aproximadamente no meio da travessia. Foi quando nos deparamos com uma cratera na estrada, que pode ser uma erosão ou feita com máquina para evitar intrusos mesmo kkk
Então adivinha... vamos voltar galera kkk
Ali pra mim acabou a graça, fiquei muito desanimado, pois já vinha falando para voltar faz tempo hehe
Passamos novamente pela casa do Luis e nem olhei pro lado, os dois ainda pararam pra contar que não conseguimos passar e ele disse que faziam muitos anos que não ia lá praqueles lados.
Na estrada principal novamente, já marcavam 106 kilometros então voltamos também até a placa onde iniciamos a descida da Serra.
Já passavam do meio dia e o cansaço e fome eram grande.
A descida foi rápida para aproveitar e ganhar tempo, mas com muita atenção pois como já falei, a estrada é perigosa.
Decidimos parar lá em baixo no posto novamente para comer alguma coisa de almoço.
Essa foi demorada com 30 minutos, mas logo estavamos na estrada pedalando de novo.
Logo a frente o Seco informou que pelo seu roteiro, precisavamos pegar um atalho a esquerda para chegar em Corupá.
Entramos na estradinha e mais pra frente olhei uma placa "Tiffa Ribeirão Aparecida"... fiz de conta que nem vi, pois se soubesse no que estava entrando nunca tinha ido por ali kkk
Alguns kilometros a frente começou uma subida que não terminava nunca, o Cassiba e Jefo sumiram na frente, minha vontade era fazer a volta por Jaraguá onde tinha vindo.
Mas a esperança de ser a última curva ia me arrastando pra cima, mas aquilo devia ser chamado de serra porque são 4km com 340 metros de altitude hahaha
Bom pelo menos agora é só descer e logo chegar em Schroeder subir o Canivete.
Optamos por não subir a serrinha de Santa Luzia, pois ficaria muito tarde o que me animou um pouco kkk
Só erramos a rua e tivemos que subir o morro da Casan kkk
Quando chegamos em Schroeder eu estava muito cansado, avisei que ia rodar quase 20km a mais, mas não ia subir nem que me pagassem o Canivete!
Fizemos a despedida e os dois amigos foram enfrentar a última subida do dia. Eu vim de boa pela estrada Bruderthal e depois pela Rodovia do Arroz.
Cheguei em casa às 17:10h com 209 kilometros pedalados.
Foi uma viagem bem cansativa, mas é assim que a gente gosta, então bora marcar outra.
Agradeço pela força e maravilhosa companhia de sempre dos amigos Cassiba e Jefo.
Até a Próxima e Aquele Abraço!
