segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Volta do Norte 25/09/21

 Vai começar a ladainha kkk

Esta foi minha 12° neste roteiro que é tão tradicional e preciso realizar pelo menos 1x por ano.

Minha primeira vez foi sozinho em 1994 e subi pela serra de Corupá. 

Quase morri sem preparo e sem treino nenhum...

Mas foi ali naquele momento empurrando a bike serra acima que descobri o que realmente queria para minha vida!

Essa sensação de liberdade, resistência física, psicológica e a de superação  ao final, vale todo esforço e sofrimento que passar pelo caminho. 

É anual porque esse trajeto é um desafio a parte para qualquer ciclista, onde existem muitas e longas subidas sendo por Corupá ou Campo Alegre e quem está bem preparado quer fazer menos tempo possível e quem não está tanto, só reza pra concluir (meu caso)  kkk 


Desta vez marquei com Edvan, vulgo Cigano de nos encontrarmos 6h no antigo posto Ipê.

Depois pegamos o Fabiano no trevo de Pirabeiraba onde mora, para nos acompanhar até quase na entrada do Rio do Julio. 




Quando começamos subir a Serra o dia já tinha raiado faz tempo.
Lá em cima nos despedimos do Fabinho que precisava voltar logo para casa, mas aproveitou para comer umas empadinhas lá no ponto dos ciclistas.
Logo após muita subida mas tb descidas eu e Cigano chegamos em Campo Alegre.
Paramos numa lanchonete, tiramos a foto oficial no portal e tocamos o bonde pois ainda tem muito chão pela frente.


Mais alguns sobe e desce chegamos no grande objetivo do passeio que é a Igreja Matriz da cidade.
Eram 10h e a parada foi rápida.
Tiramos as fotos la na praça mesmo,  fomos no banheiro, pegamos água gelada e partimos para volta.




No início do retorno tava tudo bem, todo mundo animado e feliz kkk
A serra  até Corupá foi tranquila e logo chegamos em Jaraguá.
Agora faltam apenas aproximadamente 45km até em casa, mas ninguém estava mais acostumado pedalar com temperatura na média de 30°C e a falta de nutrientes no corpo, começou bater um forte cansaço hahaha
Paramos num posto para hidratar e fazer um lanche de almoço pois já passavam das 12h...
Dali viemos pela rodovia do Arroz e depois eu vim pelo Nova Brasília e o Cigano pelo Vila Nova pra seguir pro Costa e Silva. 
Cheguei em casa aproximadamente 15h, muito cansado mas muito feliz por concluir mais uma vez esse maravilhoso trajeto de 185km.
Agradeço a Deus, ao Edvan e Fabinho pela parceria, pois pensei que teria que ir sozinho desta vez.
Espero ter forças para que no ano que vem consiga realizar novamente o circuito.
Até a Proxima e Aquele Abraço!





segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Madre Paulina 04/09/2021

Não lembrava que setembro tinha feriado... semana passada ouvi isso na empresa e quando escuto a palavra feriado já vem na cabeça Madre Paulina em Nova Trento!

Sim porque este trajeto já faz parte da minha vida e preciso realizar ao menos 1x por ano.

O que mais me atrai neste roteiro é o desafio de pedalar os 300Km  de ida e volta; a sensação de superação que toma conta do meu ser ao chegar em casa.

E para quem pensa que é só plano pelo asfalto, esta enganado ou nunca fez esse trajeto. Apesar de subir pra valer mesmo somente o Morro do Boi depois de Camboriú e a serra antes de Brusque, pelo caminho inteiro é repleto de subidinhas que vão minando a resistência dos ciclistas.

Bom chega de papo e vamos falar do passeio que interessa... aliás só falar mais um pouquinho de história kkk

Esta foi minha 6x e a 2º sozinho, sei que andar na BR é arriscado, mas não conheço outro roteiro que não passe por ali e que não venha durar menos de 24h. Tenho muito respeito com os automóveis, tentando sempre me manter afastado e o mais próximo do lado direito do acostamento, utilizando o máximo de sinalizador e refletivos.

Então vamos lá, acordei as 2':10" de sábado e fui me arrumar, olhei pela janela e o céu estava encoberto  não estava frio.

Tomei meia xícara de café e comi uma fatia de pão com margarina e fui pra fora buscar a bike e apetrechos que já estavam prontos.

Acabei saindo de casa com 10 minutos de atraso no cronograma que deveria ser 3 horas hehe

Na rodovia o pedal fluía como em outrora, mas depois dos primeiros 15km comecei a sentir uns pinguinhos de chuva que não atrapalhavam em nada. Depois de Barra Velha passei por vários trechos de chuva, mas naquela altura do campeonato não existia problema nenhum em se molhar um pouco, única coisa que precisava mais atenção no acostamento sujo e os malditos ressaltos no asfalto que molhados são mais escorregadios e quase não se nota.

Iria fazer a primeira parada em Itajaí como sempre, mas passei direto pois estava clareando o dia e parado de chover. Cheguei em Balneário Camboriú em pouco mais de 3 horas e meia, até ali o pneu traseiro já tinha furado 2x mas o selante vedou rápido e parei somente pra tirar a foto e tomar um gatorade que levei.




Subi o Morro do Boi na boa mas lá do outro lado estava chovendo bastante hehe
Desci com cautela, depois parei pra pegar água no SOS Autopista e assim chovendo foi até Tijucas com 120km onde também não parei como em outros anos.
Quando já estava saindo da cidade parou de chover e resolvi parar num boteco pra fazer um lanche... pedi um café preto, coca 600ml, coxinha, walfer e em 15 minutos estava partindo para os aproximadamente 50km até o Santuário.



O ritmo não era frenético, mas sempre constante como diz o ditado "devagar e sempre" kkk
Então com 160km pedalados finalmente às 10':10" cheguei no Santuário da Santa Paulina.
A subida foi da forma tradicional, carregando a bike pela escadaria.
Já fui direto tirar a foto oficial, agradeci, fui ao banheiro e sentei do lado como sempre pra descansar... comi mais alguns walfer.
Não consegui ficar ali parado, sabendo que tinha tanto para pedalar de volta então as 10':35" botei a bunda no selim e zarpei pra casa hahaha
Passei no restaurante que estava assando costela pouco antes do Santuário para tentar almoçar mas só começaria servir as 11h. Fiquei ali conversando com o pessoal pois achei muito barato 30 reais bufe completo com costela, mas ainda faltavam 15 minutos e nesse tempo já poderia andar muita coisa kkk






Logo depois do Santuário vem a serra da divisa de Nova Trento e Brusque. Antes parei para catar 3 limões pra espremer na minha água e depois subi na boa, até porque o clima estava muito agradável sem Sol.
Quando cheguei em Brusque passei num desses assados e comprei uma fatia de costela, embrulhei no guardanapo e fui comendo pela rua.
Fiz questão de passar pelo centro que estava muito movimentado e pela Havan e depois acessar a ciclovia ao lado do rio até o final da cidade, onde começou a chover novamente.
Dali pra frente bateu o cansaço e o ritmo caiu mais um pouco. As retas daquela rodovia foram difíceis, pois sempre tinham sido com muito Sol e muito vento contra e desta vez foi muito molhada e muito vento contra hahaha ( E tem gente que não gosta de tanta diversão ).


Pouco antes de Itajaí parou de chover e eram 13':50". Parei um pouco e segui em frente para os aproximadamente 83km finais hehe
A passagem da ponte do Rio Itajaí-Açu foi muito comemorada, pois agora faltava pouco pra chegar em casa.
Em seguida parei no primeiro posto de gasolina para comer alguma coisa e hidratar bem, pois seria a última parada programada.
Cansaço, dores pelo corpo eram comuns nessa altura, mas a vontade de chegar em casa bem maior e é nesse momento que a gente fala tanto nos 30% físicos e 70% psicológicos, até porque como alguém falou pra mim que não viria junto porque não estava treinado para isso. 
Eu me pergunto... e quem está treinado para isso? 
Quem treina ou tem a resistência necessária para rodar mais de 300Km?
Para isso só saindo da zona de conforto e testando nossos limites para descobrir que todos podem, todos conseguem é só mergulhar de cabeça se tem esse objetivo!!!


Em Barra Velha só parei para registrar a passagem e me mandei pra casa para os 42km finais.
Já estava sem água mas não quis nem parar no meio do caminho pra não perder tempo kkk
Como sempre digo nos pedais de longa distancia: "A volta é sofrida e o final é sempre dramático"!
Mas é para isso que saí de casa, caso contrario teria ficado no conforto do lar rsrs


Às 17':45" estava encostando a bike no portão de casa com 301km... Bem cansado, super feliz de ter a honra de realizar este desafio mais uma vez na minha vida!
Espero poder repetir no próximo ano ou pensar bem se tiver algum convite para este ainda...
Quero dizer que sozinho a gente tem oportunidade de pensar muito na vida e se necessário se reencontrar.
Eu particularmente não encontrei nada do que já não sabia ou penso que sei, ou seja não mudei nada meu jeitinho nem o que quero da vida.

Tive a maravilhosa oportunidade de apreciar as sensações climáticas, ter o privilégio de andar de noite e de dia, por em prática e alerta todos meus sentidos  (olfato-tato-paladar-visão), usar meu corpo descobrindo seus pontos altos e baixos dentro de uma atividade intensa de longa duração.
Cantei bastante, xinguei algumas vezes conversei muito comigo mesmo kkk

Foram momentos de adrenalina, euforia e cansaço extremo.  Mas teve muitos momentos que dei muitas risadas, também me emocionei bastante lembrando do meu Pai (sempre me apoiou e colaborou nas minhas loucuras).
Passando por tudo isso entendemos que realmente não estamos no controle, a natureza ou nosso corpo e mente podem mudar tudo a qualquer segundo!

É isso, para mim foram momentos de felicidade e alegria por ter forças e muita vontade para fazer o que tanto gosto e me faz tão bem!
Agradeço a Deus pela companhia, Até a Proxima e Aquele Abraço!


domingo, 5 de setembro de 2021

Volta a Ilha 22/08/21

Tenho uns amigos que dizem que se não tiver altimetria (serra) pelo caminho nem pedalam... eu sou da lei do menor esforço, então não faço questão nenhuma de morros kkk prefiro um pedal mais longo.

 Acordei às 3':30" de domingo pra tentar sair pontualmente às 4 da manhã. 

Fiquei me enrolando lá fora e só parti realmente 4:20h.

A noite estava com clima ótimo pra pedalar, mesmo com uma garoazinha no início. 

A rodovia estava bem tranquila com pouquíssimo movimento.

Mesmo sem pedalar muito forte cheguei bem rápido na entrada da estrada geral do Ervino.

Essa estrada tem algumas partes com iluminação, mas eu gostava mesmo quando ficava totalmente escuro para me guiar somente com meu farol.

As vezes até apagava um pouco para curtir o breu da noite...

Ia olhando o facho do meu farol e isso iluminava meu cérebro com as milhares de lembranças das noites que já passei pedalando sozinho ou com muitos amigos.

Isso trás uma paz de espírito e abre meu coração aventureiro já imaginando novas rotas e aventuras...

Porém o objetivo era chegar na praia do Ervino antes de amanhecer para ver o sol surgir no horizonte. 

Então com 1:40, pontualmente 6h cheguei na beira da praia e ainda estava totalmente escuro.

Aproveitei para ir adiantando o trecho de 20km da praia Grande até a Prainha na Enseada. 

Imaginei que logo teria as ilhas dos Tamboretes de fundo para minha foto do Sol.

Passei delas e logo começou clarear, mas nada do Sol kkk

Continuei pedalando e a estrada foi ficando pior com muita areia fofa, do jeitinho que ela tem que ser, afinal é pra isso que a gente tá ali hehe

Logo cheguei na Prainha e nada do Sol, o dia continuava nublado e um pouco frio.





Tirei uma foto e parti para o final da praia do Itaguaçu, onde parei 10 minutos para comer um pão e tomar um gatorade.
Continuei a viagem e passei pela praia do Paulas, depois no centro histórico de São Francisco do Sul, a qual é a 3º cidade mais antiga do Brasil.



Depois toquei para conhecer o Ferry boat na estrada da Laranjeiras.
Fui até lá e voltei um pouco para também conhecer a estrada que liga ali até na BR 280 pouco antes do Morro da Palha.
São quase 10km de estradão muito agradável para pedalar.
Agora são só aproximadamente 35km até em casa.
Com 7 horas de passeio, cheguei em casa muito feliz por pedalar 142km.
Agradeço a Deus e Até a Próxima e Aquele Abraço!!!