Estrada da Limeira 25/05/22

 Nesta semana estou de folga no serviço e para minha grata surpresa o Rodrigo Cemin enviou mensagem que estava de folga também e queria fazer um pedal.

Pra quem conhece a figura fazer um pedal nunca é somente um pedal... ainda mais sem compromisso com trabalho...

De qualquer forma como seria numa quinta feira, a noite ele precisava estar com o grupo dele no semanal pedal gastronômico e no sábado pedalar no longão do fim de semana, então planejou um roteiro mais tranquilo.

Roteiro teoricamente quase todo plano, só uma subida maior no meio do caminho e volta exatamente pelo mesmo caminho.

Aproximadamente 200km em100% de estradão de chão batido e muito cascalho hahaha

Então sem mais delongas, as 7h estavamos na frente do Schoping Garten aguardando chegada do 3° parceiro o novo amigo Gilberto.

Foto by Cemin 

Não quis falar nada mas achei o horário bem tarde pelo que estou acostumado a sair de casa, tipo 3 ou 4 horas kkk mas de férias e na companhia dos amigos tudo vale.

Partimos via estrada da Ilha e o Gilberto já foi pras cabeças, puxando forte o pelote.

Um pouquinho de asfalto obrigatório, logo entramos no estradão do Caminho Curto.

Em seguida já estávamos em Garuva onde paramos na padoca predileta do Cemin pra tomar um café e lanchar.

Foto by Giba 

Agora é só atravessar a avenida principal da cidade e continuar na estrada Caovi que depois da divisa do estado com Paraná vira Limeira.

São 60km de estradão até na rodovia BR277 bem pertinho da entrada da cidade de Morretes.

A Limeira historicamente deveira ser a estrada que seria a BR101 para ligar ao porto de Paranagua e a capital Curitiba e claro o resto do país também.

Cemin falou que a estrada estaria muito boa  pois não chove a dias.

Bem por isso estava um baita poeirão com muito buraco e pedras.

Mas até praticamente na metade do caminho na ponte pênsil sobre o rio Cubatão, ainda estava boa.

Depois dali como se torna menos utilizada piorou um pouco.

Alguns kilometros depois paramos novamente no boteco também predileto do Cemin pra hidratar e comer alguma coisa mais reforçada. 

Até ali estavam todos felizes com energia de sobra kkk

Foto by Giba

Foto by Giba

Dali pra frente foi ficando muito calor e logo chegamos no temido trecho de 10km de subida...

No começo é de boa, pouco inclinação e as vezes decidinhas também. 

Mas logo tudo muda e agora é subidão sem parar!

A minha energia foi acabando e quando chegamos no topo nem quis parar como combinamos pra tirar uma foto.

Até ali foram 95km.

Para o outro lado a descida é menor, porém mais rápida e íngreme, o que torna perigosa. 

Daí são somente 3km de pirambeira mas depois pra chegar  na rodovia mais 8km em descida leve.

Pouco antes da rodovia tem uma mercearia e foi nossa parada para almoço e iniciar o retorno. 

Acho que eram umas 13h.

Naquele momento eu estava realmente muito cansado e nem consegui comer nada.

Ficamos ali por pouco tempo e nem sentamos no chão.

Então chega de papo e vamos dar início ao retorno, não vejo a hora de subir isso tudo de novo kkk

Começamos a subir e a única vantagem é que o Sol ficava escondido pelas árvores e estava indo pro outro lado da montanha. 

Fomos conversando e antes que pudesse começar a reclamação, já estávamos no topo novamente. 

Acho que a parada e o sentimento da volta restaurou nossas energias!

Força Cemin tá chegando no topo 

Radiador tava fervendo 

A descida é só alegria, mas tem que ser feita com segurança pois ainda tem muito chão pela frente.

Alguns kometros pra frente, conforme Cemin tinha avisado, entramos numa bifurcação que leva a cachoeira do Zé. 

Claro que ele falou que era bem pertinho ( quase 4km )

Mas cronograma é cronograma então vamos lá conhecer. 

Quando demos de cara com a paisagem maravilhosa da enorme cachoeira, parece que as baterias recarregaram 100% da energia de novo!

Ficamos ali naquele êxtase correndo pra cima e pra baixo, nos lavando e bebendo muita água pura e cristalina.

Mas tudo que é bom dura pouco e já eram 15h então "bota bunda nesse selim e pedala saporra"!

Continuamos a pedalagem nas costelinhas de vaca e pedrinhas soltas e chegamos no bom e velho boteco.

Já pedimos o pão na chapa e muito refrigerante. 

Naquela região não tem sinal da rede móvel mas ali no comércio tem wi fi e até maquininha de cartão hahaha

O papo tá muito bom mas temos que chegar em Garuva antes de anoitecer ainda!

O ritmo continua sendo ditado e puxado pelo incansável Gilberto.

As 18h conseguimos chegar em Garuva e já tinha anoitecido.

Mais uma parada na padoca pra reabastecer água e alimentação, porque agora era só um tiro de 44km até em casa.

O clima estava bem ameno, perfeito para pedalar e ali por dentro pelo estradão não tinha nenhum movimento. 

Esse último trajeto foi bem mais rápido que esperava e logo chegamos no ponto de encontro novamente. 

Se não estou enganado eram 19:40h, só tiramos a última foto deste passeio juntos e cada um tomou seu rumo.

Eu fui bem devagar pra casa só pensando no banho quente e cama hahaha

Galera foi uma viagem que me rendeu 230km de muita felicidade com maravilhosas lembranças das paisagens e bons momentos que passamos juntos.

A grande magia da bike é essa de nos levar a lugares distantes e incríveis, em ótima companhia de pessoas que você só vai estar com elas se realmente gostar e se sentir bem ao seu lado, pois são muitas horas juntos!

E o melhor de tudo isso é saber que você fez tudo isso com suas próprias forças!

Essa força que vem da mente e transforma em combustível para nossas pernas queimarem.

Ao final o sentimento de superação cura todas as dores que sobraram!

Agradeço a companhia de Deus e dos amigos.

Até a Proxima e Aquele Abraço!!!