segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Passeio Guamiranga – Barravas 10/09/11 (Texto exclusivo do CASSIBA)

            Bem, retornando a série “de volta para minha terra”, quer dizer de volta as estradas de terra, nesse final de semana eu (Cassiba) e o Manecão resolvemos embarcar em mais uma aventura pelas estrada de terra de nossa região. Porém dessa vez nosso objetivo maior era costear o majestoso rio Itapocú, velho conhecido dos canoístas de Joinville e Jaraguá do Sul e Guaramirim.
            Feitas as apresentações iniciais vamos ao que interessa. Saímos do trevo da Porto Rico por volta das 13:15hs, pelo play ground (BR 101), como o Manecão gosta de chamar; para entrar na estrada do Sítio Trentini, que fica a mais ou menos 1 km do trevo de Jaraguá.
 Caraca... Que dia para pedalar! Como há tempos não víamos, já que o estado sofre com chuvas a mais de uma semana. O pedal fluía de maneira espontânea como outrora, lembrando os velhos e bons tempos de pedaladas após o almoço para Barravas. Entramos na estrada de terra e tudo ocorreu na tranqüilidade. Ela até que estava muito boa, comentei que parecia um tapete. Depois de alguns sobe e desce, algumas arrozeiras bem alagadas; tivemos o primeiro contato com o rio Piraí que se mostrava bem  abastecido, banhando com suas águas turvas as encostas, os pastos ao redor e alguns quintais de ribeirinhos. 




Seguindo chegamos até a BR 280, trecho que seria o limite entre o nosso objetivo e o percurso que nos levaria até lá. Ok, atravessamos a rodovia e nos embrenhamos pela estrada de terra na direção de encontrar o “Salto do Guamiranga”. Passamos por lugares que nunca imaginei passar na minha vida, fico muito contente por andar de bike e conhecer pessoas que já tiveram alguma experiência por esses lugares tão perdidos, onde parece que o tempo parou. Penso que se o poeta pudesse observar estes locais até mudaria seu pensamento, porque aquela velha estória de que o tempo não para, nem sempre condiz com a realidade.



Mas seguindo, chegamos a tão famosa ponte pencil, que o Manecão falou que seria uma de nossas formas de passar para o outro lado, salvo é claro se uma balsa manual que se encontra após o Salto estivesse funcionado. Pedalamos até o Salto como diria um amigo: “Loucura veio”! Estava hiper, mega cheio, com uma vazão de águas jamais vista pelo fiel companheiro de aventuras. Neste momento tivemos uma notícia que eu temi pelo caminho desde a ponte pencil: não tinha como atravessar pela balsa. O jeito era voltar até a ponte, foi o que fizemos; quando chegamos nela paramos para algumas fotos e seguimos caminho. Era o jeito, afinal eu já estava morto e só pensava em chegar em casa, já que minha patroa me queria em lá cedo para fazermos ainda algumas voltas.


Mas tudo bem, seria essa então a última e desgastante etapa de uns 30km até o play ground,  para enfim pedalar mais uns 40km até em casa. Foi muito difícil, particularmente para mim (acho que pro Manecão não, já que ele ainda tinha saco pra se pendurar na ponte para mais fotografias); pois algumas dores estavam ficando insuportáveis e as tão temidas câimbras estavam a bater na minha porta. Podemos ver nesse último trajeto a força da natureza. As chuvas não foram poucas e o rio mostrava a cada curva sua imponência e sua força. Penso que se estivesse chovendo ainda não teria como completar o trajeto, haja vista que em determinados pontos o rio tomou a estrada. 




Enfim chegamos a BR101, agora então seria apenas o asfalto e mais alguns quilômetros até em casa, sempre agora na companhia de nosso pior companheiro: o tempo, que agora estava contra nós. Porém, ocorreu quase tudo como o planejado e por volta das 19:15hs estávamos chegando em casa são e salvos para alegria das patroas, ou não...



Como ensinamentos desse passeio penso que ficam algumas questões: primeiro as forças da natureza são uma coisa impressionante, temos que cada dia mais ser consciente em nossas ações para que não soframos depois, como filosofou meu companheiro de aventuras: “ Imagina quando esses arrozais se tornarem prédios, será o fim do mundo...”. Menos filosófico é o segundo pensamento: que pedalar em estradas de terra é pelo menos 3 vezes pior que no asfalto. E o terceiro e último é que para os aventureiros de primeira viagem nunca pensem que estão levando coisas de mais quando saírem a tarde e levarem lanterna, ou alguns comprimidos para dor a mais, vocês podem precisar. No mais um grande abraço e até a próxima.

Faloww!!!!!!  Aqui é o Cassiba... fui!!!!!

Um comentário:

  1. CYNTHIA CASSIA BEHNCKE10 de novembro de 2011 às 17:17

    Cassiano e Junior

    Desta vez o relatório da aventura foi tão completo.que sobra pouco para os vis mortais, assim como eu, comentar seja o que for.

    Diante desta realidade apresentada, resta-me dizer: - você, Cassiano, escreve muito bem. Tanto quanto o meu irmão, o Manecão.

    Torço para que o Blog de vocês seja mais e mais acessado, e que outras pessoas possam vir a sentir esta mesma vontade que eu sinto cada vez que leio alguma coisa que vocês postam: - vontade de abrir a porta, pegar água e mochila, e a bike e sair para a rua, pedalar pela vida...


    Cynthia Cassia Behncke

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